quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

O ENCONTRO (WEYDSON BARROS LEAL)

Sempre avistamos a porta. Guardamos os ossos das secretas vontades, mas a sombra cresce, a cada passo.

Impossível o esquecimento, a conversão das perdas então multiplicadas, cada uma voltada para o nada.

Um dia estaremos juntos: um ou outro sob a chama da morte, um ou outro sob as cinzas da vida, enlaçados.

Seguiremos. Buscamos o centro, a absoluta extremidade, onde há apenas um espelho e diante dele alguém que pergunta: “E Deus?”

Os olhos ecoarão no vazio e o espelho nos deixará a sós - afirmação do eterno - a responder: “É o vivido...”

E estaremos ali, um diante do outro - um morto e um vivo - sem sabermos, afinal, por quem...

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