quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

O Caminho das Borboletas - por Florbela Galisteu

Breve explicação sobre o título: Nunca me relacionei com nenhum piloto de fórmula 1, não sou loura nem possuo os atributos da mesma, mas como na megalópole onde vivo as pessoas costumam especular (leia-se fofocar, inventar,fazer o mal não importa a qual) e adoram glamour achei que assim tornaria o tema mais atraente.

(foto: campos de jordão)

Hoje, ou melhor ontem, tentei deixar o casulo. Confesso: tava tão melhor no meu cantinho (ou na minha ostra como chama uma amiga) . Eita troço pra incomodar. Comecei então por refletir sobre o significado da borboleta. A borboleta é o resultado de um processo de metamorfose. Primeiro é larva, torna-se crisálida e depois, finalmente, borboleta.
Pesado carregar partes de mim mesma, aprisionadas no passado, o qual relutava em deixar, ou porque não sabia como fazê-lo, ou porque não tinha coragem de fazê-lo, ou porque temia demasiadamente o futuro.
O medo de deixar os velhos padrões impede o voo. No centro dos velhos padrões e do medo de deixá-los está a insegurança. O medo da mudança. Voar é responsabilizar-se, pelo bem e pelo mal. Viver é fluir com a mutação. Fluir implica uma grande capacidade de suportar a solidão. Quando começamos a tomar consciência de nossa solidão o que queremos é fugir dela. Parece algo abominável, terrível. Nada nem ninguém a quem possamos nos “agarrar”; Nenhum tapete de urso morto (que explicarei em postagem posterior) nada nem ninguém para quem correr. É um tempo muito ameaçador. Não sabia ainda, neste tempo inicial, que ou se, poderia contar comigo mesma. Mas entre mortos e feridos salvaram-se quase todos, exceto eu que ainda tenho algumas perebas que insistem em não fechar. Nada que o tempo e elixir sanativo não curem.

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